Sessões Dialógicas ABREMC 2023. Convidados, Agendamentos e Parceiras para o campo da Museologia Comunitária.
9ª SESSÃO DIALÓGICA ABREMC 2023 (10 de Agosto)
Para a nossa 9ª Sessão Diálogica, a diretoria executiva da ABREMC (Terezinha Resende, Yara Mattos, Nádia Almeida, Marcio Carvalhal) recebeu como convidada a coordenadora do Ecomuseu Sítio do Físico, Nery Mendonça. Com os diálogos desenvolvidos entre os participantes, produziu-se importantes encaminhamentos para uma ordem de trabalho de eventos que a ABREMC prevê organizar e integrar para o próximo período. Quais sejam: 8º Fórum de Museus 2024 (IBRAM) em Fortaleza/Ceará, 6º Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários 2024, em São Paulo, bem como discutiu-se os conteúdos dos eventos que a ABREMC vai realizar entre as iniciativas museológicas que fizeram adesão à nossa instituição, designadamente o OBSERVATÓRIO ABREMC e o Fórum ABREMC.
O Sítio do Físico é uma propriedade de 120 ha situada no Parque Estadual do Bacanga e compreende um complexo industrial construído em fins do sec.XVIII e início do sec. XIX pelo Físico-mor Antonio José Pereira da Silva com cerca de 2ha de área construída em ruínas, áreas de floresta amazônica e residências dos herdeiros do último proprietário e do atual.
A área está inserida no Parque Estadual do Bacanga foi tombada pelo IPHAN como sítio histórico desde a década de 1.980.
A ideia de Ecomuseu Sítio do Físico surgiu após aquisição da propriedade por Nery e Fernando Mendonça com a visita de João Batista Brussolo e na interlocução com amigos e pessoas da comunidade vizinha, que pensavam uma forma de fazer a preservação do patrimônio e da floresta (cerca de 20 há) uma vez que a propriedade é atravessada por moradores e passantes em todas as direções. Assim em 24.06.2006 foi criada a Associação dos Amigos do Ecomuseu Sítio do Físico.
Em patrulha pela propriedade, descobriu-se um sambaqui (Sambaqui do Bacanga) cuja pesquisa arqueológica realizada por Arkley Bandeira demonstrou a presença humana no local há cerca de 6.600 anos antes do presente.
Recentemente descobriu-se na propriedade vizinha a residência do primeiro presidente da Província do Maranhão após a proclamação da Independência do Brasil – Família Bruce.
Em busca de conhecimento no ano de 2006, meu marido, o arqueólogo (Arkley Bandeira) e eu, participamos do 2º Fórum Nacional de Ouro Preto onde conhecemos Odalice Priosti e o Jornal do Ecomuseu do Quarteirão do Matadouro de Santa Cruz, hoje Ecomuseu de Santa Cruz com a entrevista de Hugues de Varine sobre ecomuseu.
O ponto forte do ecomuseu é a articulação.
A comunidade apresentou uma demanda sobre a violência que grassava em seu meio e para se contrapor a violência foi pensado e executado um projeto cultural chamada de Coroado de Natal que após 17 anos é formando por uma rede colaborativa com cerca de 30 organizações gerindo e operando exclusivamente pela comunidade e o Ecomuseu participa apenas do Conselho Consultivo e das articulações mais complicadas.
O Ecomuseu Sítio do Físico se reconhece como um museu fórum, onde se discute tudo, desde problemas na comunidade, planejamento estratégico da rede, discussão e busca de políticas pública, formas de representação dos temas de interesse tais como:
· Preservação do Parque Estadual do Bacanga onde está inserido o sítio.
· Equipamentos públicos de interesse da comunidade.
·
Atendimento as pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social.
·
Saúde, educação, segurança, geração de emprego e renda, etc.
·
Políticas públicas de interesse da comunidade.
O Ecomuseu tem um rol de oficinas e atividade na comunidade realizada pelos articuladores e parceiros externos como:
·
Oficinas de Educação Ambiental
· Oficinas de Educação Patrimonial
·
Recuperação de áreas degradadas com plantio de mudas
·
Visitação
·
Pesquisa em parceria com universidades e próprias.
· Realização de eventos (exposições, palestras, etc) extra-muro
·
Criação ajardinamento e espaços de memória (em andamento) etc.
Equipe: voluntários, estudantes e pesquisadores das universidades (Termo de Colaboração Técnica) e parcerias.
Projetos de maior destaque:
- Pesquisa científica arqueológica, biológica, histórica,etc. - Coroado de Natal
- Janelas para o Futuro - Semana das Profissões - Fortalecimento da Identidade Cultural (Lei de Incentivo a Cultura e Ponto de Cultura) - Criação e apoio a Bandas e danças.
Maior dificuldade – divulgação nas redes sociais, formação de equipe de projetos, etc.
3.Ideias, propostas/diversas e encaminhamentos (produto e
resultado da sessão dialógica);
* Discutir a inserção dos ecomuseus e museus comunitários
na Política e Plano Nacional de Museus.
* Discutir um protocolo de reconhecimento de Ecomuseus e Museus Comunitários reconhecendo as normativas diferenciadas do segmento.
* Gestionar para garantir a participação do segmento em
condições de igualdade no Fórum Nacional de Museus que será em Fortaleza no próximo ano."
Com o Prof. Paulo Martinez (UNESP) a 8ª Sessão Dialógica, a diretoria da ABREMC (Terezinha Resende, Yara Mattos, Nádia Almeida, Marcio Carvalhal) avançou para o planejamento de atividades que a ABREMC e as iniciativas museológicas do OBSERVATÓRIO ABREMC DE MUSEOLOGIA COMUNITÁRIA desenvolverão dentro do Projeto de Cooperação Internacional em EDUCAÇÃO PATRIMONIAL coordenado pela Pró-reitoria de Extensão da UNESP.
7ª SESSÃO DIALÓGICA ABREMC 2023 (20 de Julho)
Para a 7ª Sessão Dialógica ABREMC contou-se como convidado da Diretoria Executiva ABREMC, Fábio Brasileiro, coordenação do Ponto de Cultura Fuá de Quintal, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). A mais do que discorrermos quanto aos elementos museológicos da proposta em causa, da criação de um Ecomuseu alicerçado num Ponto de Cultura (Política Pública do Ministério da Cultura durantes os governos populares do Partido dos Trabalhadores - PT), conheceu-se melhor o contexto político de Minas Gerais e a as concretas possibilidades de emancipação sócio-educativa que a museologia comunitária constrói juntamente com a comunidade local.
6ª SESSÃO DIALÓGICA ABREMC 2023 (01 de Junho)
Sessões dialógicas ABREMC. Convidados, Agendamentos e Parceiras para o campo da Museologia Comunitária.
5ª SESSÃO DIALÓGICA ABREMC 2023 (15 de Maio)
Participante: Prof. Paolo Vittoria (Itália).
Nesta motivada sessão dialógica, Paolo Vittoria, professor e especialista em Paulo Freire, apresentou a chamada para artigos da revista italiana que coordena. A Revista "Educazione Aperta" está até o dia 25 de Junho de 2023 com chamada aberta para o tema inovador que alia e contempla o universo dos Ecomuseus e Educação.
Para saber mais sobre a chamada para artigos, acessar o link:
Para acessar o Guião com as instruções de participação encontra-se no link a seguir:
Esta página convida para uma leitura de acompanhamento dos conteúdos e deliberações das Sessões Dialógicas ABREMC 2013.
Para agendar a tua/organização sessão dialógica: abremcbr@gmail.com
4ª SESSÃO DIALÓGICA ABREMC 2023 (13 de Abril)
Participante: Profa. Paula Rodrigues de Andrade (arquiteta e urbanista, professora universitária, especialista em preservação do patrimônio e doutoranda da FAU-USP).
Para esta 4ª sessão dialógica, a diretoria executiva da ABREMC juntamente com a Profa. Dra. Paula Rodrigues, alinharam temas muitos caros para a histórica do campo da museologia comunitária brasileira, quais sejam, os contributos de Hugues de Varine para a estruturação das bases teóricas e práticas dos Ecomuseus e os trabalhos de institucionalização da ABREMC realizados pela saudosa Odalice Priosti. Estes e outros temas compõem o projeto de pesquisa em andamento, da doutoranda Paula Rodrigues.
Segundo Paula Rodrigues, assim poderia ser resumido o diálogo nesta sessão:
"Nesse importante encontro, tratamos de diversos temas que orbitam o universo da minha pesquisa. Na minha tese, estou buscando apresentar os ecomuseus enquanto um novo paradigma para a preservação do patrimônio local, tendo a participação comunitária no centro dessa práxis. Outro aspecto que investigo na minha pesquisa é a influência de Hugues de Varine na formação de ecomuseus e museus comunitários no Brasil através de consultoria, viagens, publicações e da costura de uma rede de relações.
No nosso encontro, resgatamos histórias riquíssimas e experiências reveladoras que contribuíram para a maior compreensão do papel de Hugues de Varine e sua atuação na formação de ecomuseus e museus comunitários no Brasil. Por diversos momentos foi ressaltada a atuação precursora de Odalice Priosti, que, através do seu trabalho no Ecomuseu de Santa Cruz, da organização de encontros, da publicação de um jornal e da costura de uma rede de relações, que incluiu Varine, incentivou a formação e a conexão de pesquisadores, agentes culturais e ativistas locais, no desenvolvimento de ecomuseus e museus comunitários pelo Brasil. Odalice também foi lembrada por seu trabalho na criação e no desenvolvimento da ABREMC até o dia de sua morte. No encontro, também debatemos o ecomuseu enquanto conceito, suas origens e de como ele se aplica em diferentes contextos e realidades. Destacamos em diversos momentos a influência de Paulo Freire na metodologia dos ecomuseus e museus comunitários no Brasil, assim como, da forte relação que se estabeleceu com as escolas e com a educação de uma maneira geral no Brasil. Dentre as histórias contadas, destaco Yara e Terezinha, que contaram da viagem de estudos que fizeram com Varine em 2011 para conhecer os ecomuseus franceses e italianos. Yara também contou sobre a consultoria fundamental de Varine para o Ecomuseu Serra de Ouro Preto, suas estadias junto à comunidade e sua escuta atenta. Terezinha, também confirmou a forte influência de Varine na formação do Ecomuseu da Amazônia e do quanto fez questão de conhecer de perto a realidade das comunidades da região nas diversas vezes em que esteve lá.. Terezinha também nos contou sobre os seus primeiros contatos com o tema do museu à serviço da comunidade, onde destacou o importante papel de Laís Aderne, além de Célia Corsino e de sua pesquisa para o Ecomuseu do Cerrado. Nádia nos atualizou sobre suas pesquisas com as experiências italianas e contou sobre as inspirações para a formação do Ecomuseu de Maranguape através do Museu Mundo Livre e do contato com Maria Célia Santos. No encontro, também tive acesso a um panorama mais preciso das ações e projetos em andamento da ABREMC, e obtive de todas as participantes a contribuição generosa de novas referências que certamente vão contribuir em muito minha pesquisa. Agradeço à ABREMC pelo acolhimento e disponibilidade, e parabenizo a todos envolvidos pela perseverança e independência na condução desse projeto. "
1ª SESSÃO DIALÓGICA ABREMC 2023
Para abrir o circuito 2023 esteve presente nesta quinta-feira (16/03), a Prof Doutora Áurea Pinheiro, do curso de mestrado da Universidade Federal do Delta do Parnaíba, Piauí.
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